Resumo Este estudo investiga os efeitos das práticas de manuseio pós-colheita, antes do armazenamento, na qualidade de tomates na cadeia de suprimento na África do Sul. Tomates maduros cor-de-rosa foram colhidos de manhã e, de tarde, transportados de duas fazendas distantes 40 km uma da outra, até dois armazéns centrais, localizados perto das fazendas, em Limpopo, África do Sul. As amostras foram transportadas em engradados plásticos (capacidade de 468 kg) ou caixas plásticas (capacidade de 20 kg). Depois da colheita, criaram-se duas situações: i) amostras foram imediatamente transportadas até o armazém e pré-resfriadas dentro de duas horas, e ii) amostras foram deixadas no campo e transportadas até o armazém para serem pré-resfriadas após seis horas, para simular atrasos no transporte. Ao chegar ao armazém, uma amostra da fruta foi retirada de uma altura de 0,15 m do fundo do engradado e da caixa, pré-resfriada com ar forçado e lavada. Após o pré-resfriamento, as amostras foram estocadas em condições ambientais ou sob refrigeração (15±2 °C). Os parâmetros cor, firmeza, perda de peso, potencial para vender e pH dos tomates foram monitorados durante um período de 24 dias. A taxa de mudança do ângulo de cor da fruta foi significativamente (p ≤ 0,05) mais alta para as amostras manuseadas usando engradados do que para aquelas manuseadas em caixas menores. Quanto às condições de manuseio, não houve efeito significativo (p > 0,05) na taxa de perda da firmeza da fruta. A camada de fruta estocada no fundo dos engradados demonstrou 30% a mais de danos mecânicos, quando comparada com apenas 2% desses danos nas caixas menores. Colheita de manhã e pré-resfriamento em menos de 2 horas melhoraram as condições das frutas para venda e diminuíram as perdas de peso de até 200 kg/tonelada para 75 kg/tonelada, quando comparadas com a colheita à tarde e pré-resfriamento após 6 horas. Como boas práticas para indústria, este estudo recomenda minimizar o tempo antes do pré-resfriamento, colher de manhã e estocar os tomates frescos em caixas menores.
Abstract This study investigates the effects of post-harvest handling practices prior to storage on the quality of tomatoes in South African supply chains. Pink mature tomatoes were harvested in the morning and afternoon, transported from two farms located 40 km apart to two central pack houses located near each of the farms in Limpopo, South Africa. The samples were transported using bins (468 kg capacity) and lugs (20 kg capacity). After harvesting, the samples were either immediately transported to the pack house and precooled within two hours, or left in the field and transported to the pack house to be pre-cooled after six hours, to simulate delays during transportation. On arrival at the pack houses, the fruit was sampled from the bottom 0.15 m of each lug or bin, precooled using forced air and washed. After precooling, the samples were stored either under ambient conditions or refrigerated storage (15±2 °C). The tomato colour, firmness, weight loss, marketability and pH were monitored over a 24-day storage period. The rate of change of the fruit hue angle was significantly (p ≤ 0.05) higher for samples handled using bins as compared to those handled using lugs. Handling conditions had no significant (p > 0.05) effect on the rate of loss of fruit flesh firmness. The bottom layer of fruit stored in bins showed 30% mechanical damage as compared to 2% in lugs. Harvesting in the morning and pre-cooling within two hours improved fruit marketability and weight-loss by up to 200 kg/ton and 75 kg/ton, respectively, as compared to harvesting in the afternoon and pre-cooling after six hours. As the best practices for industry, the study recommends minimizing the time to pre-cooling, harvesting in the morning and using lugs to handle the fresh tomatoes.